sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Texto meu de 2004. Será desta?

Texto publicado em 2004. Sete anos depois será que não repararam que só existe um único caminho para a Diplomacia Económica?


Proposta de futuro para a Diplomacia Económica:
  • Cabe às empresas a definição dos mercados prioritários, ficando o Estado com o papel de estabelecer um enquadramento mais favorável ao negócio, tanto em termos de incentivos, como sobretudo, em termos de protecção de um clima seguro ao investimento e à transacção comercial.
  • Sempre que necessário, caso haja uma frente empresarial significativa, a componente pública deverá auxiliar as empresas, seja por missões ministeriais (apoio político a uma iniciativa empresarial – ex: concursos públicos em países que o poder local seja decisivo para o resultado), seja por estabelecimento de contactos directos com as autoridades locais (desbloqueio de situações pontuais – ex: resolução em matéria de desalfandegamento em alfandegas; desbloqueamento em processos de investimento português no estrangeiro, assegurar que missões sejam recebidas por entidades oficiais e pelas empresariais mais significativas, etc)
  • Fomentar o aumento das exportações portuguesas como prioridade económica governamental (que iria reduzir a tendência de agravamento da Balança Comercial, reduzir o endividamento externo e aumentar a competitividade nacional), baseada em três grandes vectores:
a)    Apoio (institucional, operacional e, eventual, financeiro) na penetração em mercados que tenham capacidade de absorção dos produtos tradicionais portugueses.
b)    Apoio à diversificação de mercados de exportação, reduzindo a já tradicional dependência da economia portuguesa perante a evolução dos mercados comunitários, com destaque para a Espanha e a Alemanha.
c)    Apoiar projectos de internacionalização que tenham por base critérios de qualidade, seja em matéria de inovação tecnológica seja em termos de marca do produto e do serviço.

  • Fomentar a exportação de sectores/produtos/serviços (tanto a nível comercial, como de investimento) cujo ciclo comercial esteja a esgotar em Portugal e que tenham escoamento em novos mercados em desenvolvimento, bem como, de sectores que tenham ganhos competitivos significativos na segmentação da sua produção (ex: produção de vestuário em cadeia em várias fases, e que cada fase, seja efectuada em locais/países diferentes conforme a necessidade de mão-de-obra/especialização laboral/tecnológica).
  • Assumir um compromisso generalizado, entre componente pública e privada, que a internacionalização económica é essencial para o desenvolvimento económico nacional e para tal que a sua definição decorre de compromissos alargados e estabelecidos em metas de médio prazo, sendo necessário, alocar recursos financeiros, gestão rigorosa e racional, bem como de peritos dinâmicos.

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